Previsão do Tempo

domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma é a nova Presidente do Brasil

Luís Rego   em Brasília
31/10/10 21:17

Dilma Rousseff vence eleições e sucederá a Lula da Silva como Presidente do Brasil.

Com 89,42% dos votos já contados, a candidata do Governo tem 55,07% contra 44,93% de José Serra, o candidato da oposição, confirma o presidente do Tribunal Eleitoral. A abstenção foi de 21,10%.

Analistas dos maiores centros de pesquisa, com base nestes resultados, dão como certo que Serra não conseguirá dar a volta ao resultado. A abstenção foi de 21%.

Nas sondagens à boca das urnas a candidata do governo estava com 57-58% das intenções de voto contra 42-43% de José Serra. A candidata do governo aguarda a contagem dos votos em Brasília, e deverá encontrar-se com o presidente Lula da Silva depois da confirmação da vitória no Palácio da alvorada. Está marcado um encontro de Dilma com a imprensa num hotel de Brasília. O candidato da oposição espera em São Paulo pelos resultados. O tribunal eleitoral conta que os resultados finais sejam conhecidos pelas 22h.

Paul Warfield Tibbets, Jr., morreu a 1 de Novembro de 2007



Paul Tibbets

Coronel

(1915 - 2007)


Paul Warfield Tibbets, Jr.
nasceu em Quincy, estado de Illinois, no dia 23 de fevereiro de 1915, filho de Paul Warfield Tibbets e Enola Gay Tibbets. Quando ainda muito jovem, sua família se mudou para Cedar Rapids, Iowa, onde seu pai abriu uma loja de roupas. Anos depois, a família mudou-se para a Flórida e Tibbets foi para a universidade lá.

Ele alistou-se como cadete do Corpo Aéreo do Exército em 25 de fevereiro de 1937, sendo comissionado Segundo-Tenente em 1938 e voando observadores e bombardeiros em Fort Benning. Nesse ano, Tibbets conheceu o então Tenente-Coronel George Patton, com quem praticou tiro ao alvo algumas vezes; Patton enfurecia-se toda vez que perdia para Tibbets.

Em 1941 ele passou a voar o novo bombardeiro de ataque do exército, o Douglas A-20 Havoc. Ao contrário dos vôos em grande altitude dos bombardeiros tradicionais, os A-20s foram feitos para voar junto ao solo, algumas vezes a apenas 30 metros de altura. Foi dentro de um desses aviões que Tibbets recebeu a notícia do ataque a Pearl Harbor. Ele foi promovido a Capitão e posto no comando do 340º Esquadrão de Bombardeiros, voando o Boeing B-17 em março de 1942. Decolando da base da RAF em Polebrook, Tibbets liderou o primeiro ataque da 8ª Força Aérea na Europa em 17 de agosto daquele ano, voando a Fortaleza Voadora “Butcher Shop”. As missões seguiram constantes e Tibbets sempre insistia que suas tripulações desmontassem suas metralhadoras e as lubrificassem com freqüência, para evitar que travassem em ação.

No fim de 1942, Tibbets levou o General Mark Clark até Gibraltar, de onde ele tomou um submarino até a Argélia. Clark iria negociar com os franceses a cooperação para o desembarque Aliado no Norte da África. Impressionado com as habilidades de vôo de Tibbets, o Alto-Comando encarregou-lhe de levar o General Dwight Eisenhower da Inglaterra para Gibraltar em 5 de novembro. Nesse vôo, Eisenhower sentou-se ao seu lado, na cadeira de co-piloto. Pouco depois sua unidade foi transferida para Maison Blanch, no Marrocos, passando para o comando da 12ª Força Aérea então comandada por James Doolittle.

Em julho de 1943, Tibbets voltou para os EUA, onde se tornou piloto de testes do novo Boeing B-29 Superfortress. A nova aeronave era um passo à frente de tudo que existia até então, e Tibbets teve seu papel na adaptação do gigante às condições operacionais. Impressionado com seu currículo, o chefe do Projeto Manhattan, General Leslie Groves, escolheu Tibbets para a tarefa de montar um grupo especial de bombardeio para carregar bombas atômicas. Em setembro de 1944 ele recebeu carta branca para montar a unidade, que ficou conhecida como 509º Grupo Composto. Havia quinze B-29s no grupo, que treinaram incessantemente para aperfeiçoar a manobra de fuga do raio da explosão atômica.

Em maio de 1945, Tibbets e seus homens desembarcaram na pequena ilha de Tinian, nas Marianas, onde uma pista de 3.000 metros fora construída para operar as Super Fortalezas. Após a entrega da primeira bomba atômica operacional em 26 de julho, o sinal verde foi dado para a missão em 5 de agosto. Às 02h30min da manhã de 6 de agosto, o B-29 do Coronel Tibbets, agora batizado em homenagem à sua mãe como “Enola Gay”, ligou os motores com um homem a mais na tripulação, o Capitão da US Navy Deak Parsons, que montaria a espoleta da bomba durante o vôo. Às 09h15min, a bomba atômica batizada de “Little Boy” foi lançada acima de Hiroshima, explodindo a 600 metros de altitude. Tibbets fez uma curva fechada em 155 graus à direita, e pouco depois a tripulação pôde ver o enorme cogumelo de fumaça resultante da detonação. Voltando à Tinian, Tibbets foi recebido e condecorado pelo General Carl Spaatz.

Após a guerra, Tibbets continuou com a Força Aérea, envolvendo-se no desenvolvimento do primeiro bombardeiro a jato norte-americano, o B-47. No começo da década de 50 ele pilotou esses bombardeiros por três anos. Na década de 60 Tibbets assumiu diversos postos além-mar, como na França e Índia. Ele se aposentou da Força Aérea em 31 de agosto de 1966 como Brigadeiro-General. Atualmente, seu neto, Tenente-Coronel Paul W. Tibbets IV comanda o 393º Esquadrão de Bombardeio, voando o Northrop B-2 Spirit. O 393º foi um dos esquadrões sob comando de seu avô no 509º Grupo Composto.

Após sair da vida militar, ele foi presidente da Executive Jet Aviation, uma empresa de táxi-aéreo de Columbus, Ohio, de 1976 até 1987. Tibbets nunca mostrou arrependimento de sua missão em Hiroshima. Numa entrevista de 1975 ele disse:“Sou orgulhoso de ter sido capaz de começar com nada, planejar tudo e fazer funcionar com a perfeição que funcionou... durmo sossegado todas as noites.”

Nos últimos anos, Paul Tibbets vinha sofrendo pequenos ataques e falhas cardíacas, permanecendo em cuidado hospitalar. Ele faleceu em sua casa, em Columbus, Ohio, no dia 1 de novembro de 2007, aos 92 anos de idade.

PIETRO BADOGLIO, morreu a 1 de Novembro de 1956


PIETRO BADOGLIO


Nascimento: 28/09/1871, Grazzano Monferrato, Itália

Falecimento: 01/11/1956, Grazzano Monferrato, Itália

Militar e político; participa na I Guerra Mundial e luta na desastrosa Batalha de Caporetto (24/101917 a 09/11/1917); anti-fascista a princípio, alia-se a eles, tornando-se Embaixador no Brasil (1922); Vice-Rei da África Oriental italiana (09/05/1936 a 11/06/1936) e Comandante da invasão da Etiópia, quando ordena o uso de gás venenoso (fins de 1936); Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, opõe-se à declaração de guerra, mas não consegue evitar que Mussolini o faça (10/06/1940); deixa o cargo em 12/1940, após os insucessos na África e Grécia; assume a chefia do Governo Provisório como Primeiro Ministro, após a queda de Mussolini (1943 a 18/06/1944) e assina o armistício com os aliados (08/12/1943); Ministro das Relações Exteriores (1944); retira-se da vida pública após a guerra.

.Afonso Henriques de Lima Barreto, morreu a 1 de Novembro de 1922




Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro a 13 de maio de 1881 e morreu na mesma cidade a 1.° de novembro de 1922. Filho de um tipógrafo da Imprensa Nacional e de uma professora pública, era mestiço de nascença e foi iniciado nos estudos pela própria mãe, que perdeu aos 7 anos de idade.
Fez seus primeiros estudos e, pela mão de seu padrinho de batismo, o Visconde de Ouro Preto, ministro do Império, completou-os no Ginásio Nacional (Pedro II), entrando em 1897 para a Escola politécnica, pretendendo ser engenheiro. Teve, porém, de abandonar o curso para assumir a chefia e o sustento da família, devido ao enlouquecimento do pai, em 1902, almoxarife da Colônia de Alienados da Ilha do Governador. Nesse ano, estréia na imprensa estudantil. A família muda-se para o subúrbio do Rio de Janeiro, Engenho de Dentro, onde o futuro escritor resolve candidatar-se a um cargo vago na Secretaria da Guerra, mediante concurso público, tendo passado em 2.° lugar e ocupado a vaga, por desistência do 1.° colocado, 1903.

Com o modesto salário, passa a residir com a família em Todos os Santos, em casa simples, e na qual, em 1904, inicia a primeira versão do romance Clara dos Anjos. No ano seguinte começa o romance Recordações do escrivão Isaías Caminha, publicado em Lisboa em 1909. Publica, também, uma série de reportagens no jornal Correio da Manhã. Inicia o romance Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá, publicado apenas em 1919. Colabora na revista Fon-Fon e, com amigos, lança em fins de 1907 a revista Floreal, que sobreviveria com quatro números apenas, mas que chamou a atenção do crítico literário José Veríssimo. Nessa época, dedica-se à leitura na Biblioteca Nacional dos grandes nomes da literatura mundial, dos escritores realistas europeus de seu tempo, tendo sido dos poucos escritores brasileiros a tomar conhecimento e ler os romancistas russos.
Em 1910, faz parte do júri no julgamento dos participantes do episódio chamado "Primavera de sangue", condenando os militares no assassinato de um estudante, sendo por isso preterido, daí para frente, nas promoções na Secretaria da Guerra. Em 1911, em três meses, escreve o romance Triste fim de Policarpo Quaresma, publicado em folhetins no Jornal do Comércio, onde escreve, e também na Gazeta da Tarde. Publica, em 1912, dois fascículos das Aventuras do Dr. Bogoloff, além de dois outros livretos de humor, um deles pela revista O Riso.
O vício da bebida começa a manifestar-se nele, porém não o impede de continuar a sua colaboração na imprensa, iniciando em 1914 uma série de crônicas diárias no Correio da Noite. O jornal A Noite publica em folhetins, em 1915, seu romance Numa e a ninfa, e Lima Barreto inicia longa fase de colaboração na revista Careta, em artigos políticos sobre variados assuntos. Nos primeiros meses de 1916 aparece em volume o romance Triste fim de Policarpo Quaresma, que reúne também alguns contos notáveis como "A Nova Califórnia" e "O homem que sabia javanês", tendo boa acolhida por parte da crítica que vê em Lima Barreto o legítimo sucessor de Machado de Assis. Passa a escrever para o semanário político A.B.C.. Em julho de 1917, após internação hospitalar, entrega ao seu editor, J. Ribeiro dos Santos, os originais de Os Bruzundangas, sátiras, somente publicado em 1922, um mês após a morte do autor.
Candidata-se à vaga na Academia Brasileira de Letras, mas seu pedido de inscrição não é sequer considerado. Lança a 2. edição do Isaías Caminha e, em seguida, o romance Numa e a ninfa, em volume. Passa a publicar artigos e crônicas na imprensa alternativa da época: A Lanterna, A.B.C. e Brás Cubas, que publica um artigo seu, em que manifesta simpatia pela causa revolucionária russa. Após o diagnóstico de epilepsia tóxica, é aposentado em dezembro de 1918, mudando-se para outra casa na Rua Major Mascarenhas, em Todos os Santos, onde irá residir até morrer.
Em inícios de 1919, suspende a colaboração no semanário A.B.C., por ter a revista publicado um artigo contra a raça negra, com o qual não concordava. Põe à venda o romance Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá, por ele próprio revisto e mandado datilografar pelo editor, Monteiro Lobato, tendo sido o único de seus livros a passar por tais cuidados normais de publicação, e pelo qual recebe bom pagamento e promoção, além do aplauso de velhos e novos expoentes da crítica, como João Ribeiro e Alceu Amoroso Lima. Nesse clima, candidata-se em segunda vez a uma vaga na Academia de Letras - desta vez, aceita, -, não conseguindo, porém, ser eleito, mas tendo o voto permanente de João Ribeiro. Sob o título "As mágoas e sonhos do povo", passa a publicar semanalmente, na revista Hoje, crônicas ditas de folclore urbano, reiniciando a colaboração na Careta, em segunda fase, só interrompida por sua morte.
Em 1919, de dezembro a janeiro de 1920 é internado no hospício, devido a forte crise nervosa, resultando a experiência nas anotações dos primeiros capítulos da obra O cemitério dos vivos, memórias somente publicadas em 1953, juntamente com as do Diário íntimo, num mesmo volume. Em dezembro de 1920, concorre ao prêmio literário da Academia Brasileira de Letras para o melhor livro do ano anterior, inscrevendo o Gonzaga de Sá, que veio a receber menção honrosa. No mesmo mês é posto à venda nas livrarias o volume de contos Histórias e sonhos, e entrega ao editor F. Schettino, seu amigo, os originais de Marginália, reunindo artigos e crônicas já publicados na imprensa periódica e, que se perderiam, sendo o volume editado apenas em 1953, post mortem.
O Cemitério dos vivos tem um trecho publicado, em janeiro de 1921, na Revista Souza Cruz, sob o título "As origens", memórias manuscritas não completadas pelo autor. Em abril, faz uma viagem à pequena cidade de Mirassol, no Estado de São Paulo, onde um médico amigo e escritor, Ranulfo Prata, tenta a regeneração clínica de Lima Barreto, mas em vão. Com a saúde já bastante abalada, a doença força a sua reclusão na casa modesta de Todos os Santos, onde os amigos vão visitá-lo e sua irmã Evangelina se desvela em cuidados por ele. Mas, sempre que pode, continua a sua peregrinação pela cidade que ama, reservando a leitura, a meditação e a escrita para casa, apesar da presença constante da loucura do pai, tornada real pelas crises cada vez mais repetidas.
Em julho de 1921, pela terceira vez, candidata-se à vaga na Academia de Letras, retirando, porém, a mesma, por "motivos inteiramente particulares e íntimos". Entrega ao editor os originais de Bagatelas, no qual reúne a sua maior produção na imprensa, ou seja, a que vai de 1918 a 1922, em que evidencia com rara visão e clareza os problemas do país e do mundo do pós-guerra. Bagatelas, entretanto, só apareceria em 1923. Publica na Revista Souza Cruz de outubro-novembro de 1921 a conferência "O destino da literatura", que não chegara a pronunciar na cidade de Rio Preto, próximo a Mirassol. Em dezembro inicia a segunda versão do romance Clara dos Anjos, terminado em janeiro seguinte. Os originais de Feiras e mafuás são entregues para publicação, mas somente em 1953 seriam editados.
Em maio de 1922, a revista O Mundo Literário publica o primeiro capítulo de Clara dos Anjos, "O carteiro". Tendo a sua saúde declinada mês a mês, agravada pelo reumatismo, pela bebida e outros padecimentos, Lima Barreto morre em 1.° de novembro de 1922, vitimado por um colapso cardíaco. Em seus braços, é encontrado um exemplar da Revue des Deux Mondes, sua preferida e que estivera lendo. Dois dias depois é a vez de seu pai. Encontram-se sepultados no cemitério de São João Batista, onde o escritor desejou ser enterrado.
Em 1953, uma editora lançou alguns volumes inéditos de sua obra. Porém, somente em 1956, sob a direção de Francisco de Assis Barbosa, com a colaboração de Antônio Houaiss e M. Cavalcanti Proença, toda a sua obra em 17 volumes foi publicada, compreendendo todos os romances citados e também os títulos não publicados em vida do autor, e que são: Os bruzundangas, Feiras e mafuás, Impressões de leitura, Vida urbana, Coisas do reino de Jambon, Diário íntimo, Marginália, Bagatelas, O cemitério dos vivos e mais dois volumes que contêm toda a sua correspondência, ativa e passiva. Nas décadas seguintes Lima Barreto tem sido alvo de estudos, tanto no Brasil como no exterior. Suas obras, romances e contos, têm sido traduzidos para o inglês, francês, russo, espanhol, tcheco, japonês e alemão. Teses de doutoramento o tiveram como tema nos Estados Unidos e na Alemanha. Congressos e conferências foram realizadas em todo o Brasil, por ocasião do seu centenário de nascimento (1981), resultando inúmeros livros publicados, entre ensaios, bibliografias e estudos psicológicos do autor e sua obra. Há, presentemente, um desabrochar de interesse entre os novos escritores brasileiros em favor da obra de Lima Barreto, tido como o pioneiro do romance social, e cuja produção literária - vasta, em proporção ao número de anos que viveu - ganha, a cada dia, o merecido destaque que lhe é devido.

Nuno Álvares Pereira, morreu a 1 de Novembro de 1431




Nuno Álvares Pereira nasceu em Portugal a 24 de Junho de 1360, muito provavelmente em Cernache do Bonjardim, sendo filho ilegítimo de fr. Álvaro Gonçalves Pereira, cavaleiro dos Hospitalários de S. João de Jerusalém e Prior do Crato, e de D. Iria Gonçalves do Carvalhal. Cerca de um ano após o seu nascimento o menino foi legitimado por decreto real, podendo assim receber a educação cavalheiresca típica dos filhos das famílias nobres do seu tempo. Aos treze anos torna-se pajem da rainha D. Leonor, tendo sido bem recebido na Corte e acabando por ser pouco depois cavaleiro. Aos dezasseis anos casa-se, por vontade de seu pai, com uma jovem e rica viúva, D. Leonor de Alvim. Da sua união nascem três filhos, dois do sexo masculino, que morrem em tenra idade, e uma do sexo feminino, Beatriz, a qual mais tarde viria a desposar o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque de Bragança.
Quando o rei D. Fernando I morreu a 22 de Outubro de 1383 sem ter deixado filhos varões, o seu irmão D. João, Mestre de Avis, viu-se envolvido na luta pela coroa lusitana, que lhe era disputada pelo rei de Castela por ter desposado a filha do falecido rei. Nuno tomou o partido de D. João, o qual o nomeou Condestável, isto é, Comandante supremo do exército. Nuno conduziu o exército português repetidas vezes à vitória, até se ter consagrado na batalha de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385), a qual acaba por determinar à resolução do conflito.
Os dotes militares de Nuno eram no entanto acompanhados por uma espiritualidade sincera e profunda. O amor pela eucaristia e pela Virgem Maria são a trave-mestra da sua vida interior. Assíduo à oração mariana, jejuava em honra da Virgem Maria às quartas-feiras, às sextas, aos sábados e nas vigílias das suas festas. Assistia diariamente à missa, embora só pudesse receber a eucaristia por ocasião das maiores solenidades. O estandarte que elegeu como insígnia pessoal traz as imagens do Crucificado, de Maria e dos cavaleiros S. Tiago e S. Jorge. Fez ainda construir às suas próprias custas numerosas igrejas e mosteiros, entre os quais se contam o Carmo de Lisboa e a Igreja de S. Maria da Vitória, na Batalha.
Com a morte da esposa, em 1387, Nuno recusa contrair novas núpcias, tornando-se um modelo de pureza de vida. Quando finalmente se alcançou a paz, distribui grande parte dos seus bens entre os seus companheiros, antigos combatentes, e acabo por se desfazer totalmente daqueles em 1423, quando decide entrar no convento carmelita por ele fundado, tomando então o nome de frei Nuno de Santa Maria. Impelido pelo Amor, abandona as armas e o poder para revestir-se da armadura do Espírito recomendada pela Regra do Carmo: era a opção por uma mudança radical de vida em que sela o percurso da fé autêntica que sempre o tinha norteado. Embora tivesse preferido retirar-se para uma longínqua comunidade de Portugal, o filho do rei, D. Duarte, de tal o impediu. Mas ninguém pode proibir-lhe que se dedicasse a pedir esmola em favor do convento e sobretudo dos pobres, os quais continuou sempre a assistir e a servir. Em seu favor organiza a distribuição quotidiana de alimentos, nunca voltando as costas a um pedido. O Condestável do rei de Portugal, o Comandante supremo do exército e seu guia vitorioso, o fundador e benfeitor da comunidade carmelita, ao entrar no convento recusa todos os privilégios e assume como própria a condição mais humilde, a de frade Donato, dedicando-se totalmente ao serviço do Senhor, de Maria —a sua terna Padroeira que sempre venerou—, e dos pobres, nos quais reconhece o rosto de Jesus.
Significativo foi o dia da morte de frei Nuno de Santa Maria, o  1 de Novembro de 1431, passando imediatamente a ser reputado de “santo” pelo povo, que desde então o começa a chamar “Santo Condestável”.
Mas, embora a fama de santidade de Nuno se mantenha constante, chegando mesmo a aumentar, ao longo dos tempos, o percurso do processo de canonização será bem mais acidentado. Promovido desde logo pelos soberanos portugueses e prosseguido pela Ordem do Carmo, depara com numerosos obstáculos, de natureza exterior. Foi somente em 1894 que o Pe. Anastasio Ronci, então postulador geral dos Carmelitas, consegue introduzir o processo para o reconhecimento do culto do Beato Nuno “desde tempos imemoriais”, acabando este por ser felizmente concluído, apesar das dificuldades próprias do tempo em que decorre, no dia 23 de Dezembro de 1918 com o decreto Clementissimus Deus do Papa Bento XV.
As suas relíquias foram trasladadas numerosas vezes do sepulcro original para a Igreja do Carmo, até que, em 1961, por ocasião do sexto centenário do nascimento do Beato Nuno, se organizou uma peregrinação do precioso relicário de prata que as continha; mas pouco tempo depois é roubado, nunca mais tendo sido encontradas as relíquias que contivera, tendo sido depostos, em vez delas, alguns ossos que tinham sido conservados noutro lugar. A descoberta em 1966 do lugar do túmulo primitivo contendo alguns fragmentos de ossos compatíveis com as relíquias conhecidas reacendeu o desejo de ver o Beato Nuno proclamado em breve Santo da Igreja.
O Postulador Geral da Ordem, P. Felipe M. Amenós y Bonet, conseguiu que fosse reaberta a causa, que entretanto era corroborada graças a um possível milagre ocorrido em 2000. Tendo sido levadas a cabo as respectivas investigações, o Santo Padre, Papa Bento XVI, dispõe a 3 de Julho de 2008 a promulgação do decreto sobre o milagre em ordem à canonização e durante o Consistório de 21 de Fevereiro de 2009 determina que o Beato Nuno seja inscrito no álbum dos Santos no dia 26 de Abril de 2009.

CARLOS PAIÃO - VERSOS DE AMOR

Carlos Paiao - Cinderela

Carlos Paião, nasceu a 1 de Novembro de 1957


Carlos Paião (n. Coímbra, 1 de Novembro de 1957 - m. Rio Maior, 26 de agosto de 1988) foi um cantor e compositor português.
Licenciado em Medicina pela Universidade de Lisboa(1983), acabou por dedicar-se exclusivamente á música. Desde muito cedo Carlos Paião demonstrou ser um compositor em crescimento, tanto que em 1978 tinha escritas mais de duzentas canções.
Em 1981 decide enviar algumas delas ao Festival RTP da canção, quando este certame representava uma plataforma para o êxito e fama na música portuguesa. Play-Back ganhou o Festival RTP da Canção de 1981 com uns significativos 203 pontos, deixando atrás de si competidores tão fortes como as Doce. A canção, uma crítica divertida, mas contudente, dos artistas que cantam em play-back, ficou em penúltimo lugar no Festival da Eurovisão de 1981, que teve lugar em Dublin, Irlanda. Tal classificação não "beliscou" minimamente a popularidade de Carlos Paião, porque, nesse mesmo ano, editou outro single de êxito que mantém a sua popularidade hoje: Pó de Arroz. O êxito seguinte foi a Marcha do Pião das Nocas, que deixava de novo patente o seu lado satírico.
Algarismos (1982) foi o seu primeiro LP, que não obteve então o reconhecimento desejado. Surgiu entretanto a oportunidade de participar no programa de televisão "Foguete", com António Sala e Luís Arriaga.
Noutro programa, Hermanias (1984), Carlos Paião compôs todas as músicas e letras de Serafim Saudade, uma caricatura criada por Herman José, nessa altura uma das figuras mais populares da televisão portuguesa.
 Em 1983, cantava com Cândida Branca Flor, com quem interpretou um dueto muito patriótico entitulado Vinho do Porto (Vinho de Portugal), que alcançou o terceiro posto no Festival RTP da Canção. Em 1985, concorreu ao Festival Mudial de Música Popular de Tóquio(World Popular Song Festival of Tokio), e a sua canação foi uma das 18 selecionadas entre mais de 2000 de 58 países.
 A editora EMI - Valentim de Carvalho chegou a encargar Carlos Paião a realizar canções para outros artistas, entre eles Herman José, que alcançaria um grande êxito com a Canção do Beijinho, e Amália Rodrigues, para quem escreveu O Senhor Extra-Terrestre (1982), cuja letra chegou a constar num manual escolar para alunos do 1º ciclo.
Em 26 de Agosto de 1988, a caminho de um espectáculo em Leiria, morre num acidente de trâsito, na antiga estrada EN1, a actual IC2. Então, surgiu o rumor de que no seu funeral não estava moro, mas sim em coma; contudo a violência do acidente nega o rumor, pois a sobrevivência seria impossível. Contudo, esse rumor de ter sido sepultado vivo permanece até aos nossos dias. Nessa altura, Paião estva preparando um novo album entitulado Intervalo, que acabou sendo editado em Setembro desse ano, e cujo o tema mais ouvido foi Quando as Nuvens Chorarem.
Compositor, intérprete e instrumentista, Carlos Paião produziu mais de 500 canções, tendo sido homenegeado em 2003 com um CD comemorativo dos 15 anos do seu desaparecimento - Carlos Paião: Letra e Música - 15 anos depois (Valentim de Carvalho).

Paulo Gonzo "Deixa que te leve" - Espelho de Água

Paulo Gonzo - Jardins Proíbidos - Gala Ficção Nacional TVI

Paulo Gonzo - Sei-te de Cor

Alberto Ferreira Paulo (Paulo Gonzo) nasceu em 1 de Novembro de 1956




Alberto Ferreira Paulo (Paulo Gonzo) nasceu em 1 de Novembro de 1956. Em 1975 começou a sua carreira como co-fundador, compositor e vocalista da Go Graal Blues Band. Em 1984 decide iniciar a sua carreira a solo. 

O primeiro single, "So Do I" , editado em 1985 pela Discossete - Materfonis, foi um enorme êxito. O tema era uma versão de um tema de T. Clark e C. Elves, editado sob licença da Plaza Records. O segundo single foi "Somewhere in the Night", dos mesmos autores.

Assina com a CBS que lança o LP "My Desire" em Outubro de 1986. O disco incluía versões de temas de Charlie Midnight, Dan Hartman, Daniel Lavoie e Jimmy Scott e ainda uma grande interpretação de "These Arms of Mine" de Otis Redding que foi o primeiro single a ser extraído do álbum.

Em meados de 1987 foi editado o single "Stay", com produção de Quico. O disco vendeu mais de 10.000 cópias.

Em 1988 é editado um máxi-single com os temas "My Girl", "She Knocks Three Times", "She Is My Song" e "Over There". No ano seguinte é lançado o maxi-single "Can´t Be With You", versão de um sucesso de Judy Boucher.

Participa no single "Maubere" da autoria de Carlos Tê e Rui Veloso.

Em 1992 é editado o CD "Pedras da Calçada" com produção de Luís Oliveira. O disco, cantado inteiramente em português, inclui temas como "Pedras da Calçada" (com letra de Jorge Palma), "Certos Caprichos da Lua" e "Jardins Proibidos".

Em Novembro de 1993 é publicada a colectânea "My Best" com os seus maiores sucessos em inglês. Inclui os temas "Look At Me Now" (Jardins Proibidos) e "When You Cry" (Caprichos da Lua).

O álbum "Fora d' Horas", com produção de Frank Darcel, é editado em 1995. O disco inclui letras de Pedro Abrunhosa ("Lugares" e "Acordar"), Rui Reininho e Pedro Malaquias.

Nos Prémios Blitz vence o prémio de melhor voz masculina sendo também nomeado para melhor artista masculino.

Em 1997, Paulo Gonzo lança a compilação "Dei-te Quase Tudo" que conseguiu a proeza de ser Sextúpla Platina. Os maiores sucessos deste disco são uma versão de "Jardins Proibidos", com a participação de Olavo Bilac, e "Dei-te Quase Tudo".

Em 1998 é editado o álbum "Suspeito" com produção de Frank Darcel e com uma participação especial de James Cotton (ex-trompetista de Miles Davis). É continuada a parceria de Paulo Gonzo com o letrista Pedro Malaquias e com Rui Reininho (em "Eco Aqui" e na adaptação de "These Foolish Things"). Outros temas são "Pagava P'ra Ver", "Ser Suspeito" e "Fogo Preso". O disco atinge o galardão de Platina.

"Ao Vivo Unplugged", gravado ao vivo nos Estúdios Valentim de Carvalho, é editado em 1999. O disco revisita uma grande parte do percurso a solo de Paulo Gonzo. Como convidados aparecem o pianista Bernardo Sassetti, Rui Reininho em "Coisas Soltas", Tim na versão acústica de "Chuva Dissolvente" e Zé Pedro toca em "Curva Fatal".

O álbum "Mau Feitio", gravado na Bélgica, é editado em 2001. Tito Paris e African Voices são alguns dos convidados deste disco.

Por ocasião do Mundial de Futebol da Coreia e Japão lança o single "Mundial" [Mundial-Album Version-Paulo Gonzo/Now I'm Winning/Mundial (Instrumental)]. O tema foi incluído na compilação oficial do Campeonato do Mundo de Futebol de 2002.

Ainda em 2002 é lançado o single "Somos Benfica", com o hino que Paulo Gonzo compôs em parceria com António Melo e Rui Fingers.

Em Julho de 2003 é reeditado o disco "Ao Vivo Unplugged" com a inclusão de um DVD.

Em 2005 é editado o álbum "Paulo Gonzo" que é recebido friamente pelo público. É lançada uma segunda versão do disco com uma releitura do tema "Dei-te Quase Tudo", incluído na novela do mesmo tema, que transforma o disco num novo campeão de vendas.

Em 2007 é editado um disco e um dvd gravado ao vivo no Coliseu.

Em Novembro de 2007 é incluída uma compilação, "Perfil", com dois inéditos, entre eles uma nova versão de "Leve Beijo Triste" com a participação de Lúcia Moniz.

Gilberto Tumscitz Braga, nasceu a 1 de Novembro de 1946



Gilberto Tumscitz Braga (Rio de Janeiro1 de novembro de 1946)  é um autor de telenovelas brasileiro.
Nascido no bairro carioca de Vila Isabel, na juventude recebeu a influência dos pais para cursar a carreira diplomática, ideia esta que foi abortada antes mesmo de ser concretizada. Frequentou o Colégio Pedro II e em 1968, imigrou a Paris durante alguns meses devido a uma bolsa de estudos, mas voltou ao Brasil pouco tempo depois.
Sua novela de 2007, Paraíso Tropical, foi indicada ao Emmy 2008 na nova categoria de melhor novela. O International Emmy Awards, ou simplesmente Emmy, é o equivalente ao Oscar da televisão internacional.
Na maioria de suas novelas, ocorreu um assassinato misterioso nos capítulos finais.

ADAMO - Inch'Allah

Salvatore Adamo - Tombe la neige

Salvatore Adamo nasceu em Comiso, Itália, no dia 01/11/1943.


Salvatore Adamo nasceu em Comiso, Itália, no dia 01/11/1943.
Ainda criança Adamo revelou um grande dom para o canto. Adolescente, participou num concurso radiofónico em que ganhou o 1º prémio. Seguindo o conselho do pai, Adamo tomou o caminho de Paris para tentar a sua sorte. Sustentado pelo pai bateu sem cessar às portas das editoras e assinou por fim um contrato. Seu primeiro sucesso foi "Sans toi, ma mie", gravado em 1963. Ao longo da sua carreira, apesar de haver seduzido o público francês, conseguiu poucos bons resultados em termos de mercado internacional. Clique nos títulos das músicas e aprecie algumas amostras do talento de Salvatore Adamo.

A 1 de Novembro de 1993, entra em vigor o Tratado de Mastricht

A União Européia (UE), nascida com a entrada em vigor do Tratado de Maastricht, em 1º de novembro de 1993, é resultado de décadas de evolução no caminho da integração européia.

Os ideais de Jean Monnet e Robert Schuman (Chanceler francês) visavam à constituição de um modelo federativo que permitisse a integração das economias exauridas e complementares dos Estados Europeus do pós-guerra, a fim de assegurar-lhes prosperidade e desenvolvimento social crescentes.

Em 1951, criou-se a Comunidade Européia do Carvão e do Aço (CECA), composta pela França, Alemanha Federal, Itália e Benelux. Em 1957, o Tratado de Roma criou a Comunidade Econômica Européia, reunindo os mesmos seis países.



Da esquerda para a direita, Jean Monnet e Robert Schuman
De 1957 a 1995, a “Europa dos Seis” transformou-se em “Europa dos Quinze”, com a incorporação da Grã-Bretanha, Irlanda e Dinamarca (1973); Grécia (1981); Portugal e Espanha (1986); Áustria, Finlândia e Suécia (1995). Outra evolução importante da União Européia foi a entrada em vigor, em 1987, do Ato Único Europeu, que estabeleceu as bases para a criação, em 1992, do Mercado Único Europeu. Em 1º de janeiro de 1993, a Europa comunitária passou a permitir, entre seus associados, a livre circulação de mercadorias, serviços, mão-de-obra e capitais.

Em 1º de novembro de 1993, entrou em vigor o Tratado de Maastricht. Os mais importantes objetivos do Tratado são, em primeiro lugar, a união econômica e monetária dos Estados Membros da UE; a seguir, busca-se a definição e a execução de uma política externa e de segurança comuns; a cooperação em assuntos jurídicos; e a criação de uma “cidadania européia”.

A terceira fase da União Monetária Européia (UEM) foi iniciada em 1º de janeiro de 1999, com a introdução da moeda única, o Euro, em onze países participantes (Alemanha, França, Itália, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Espanha, Irlanda, Áustria e Finlândia), havendo assim a perda total do valor legal das moedas nacionais e a conversão de todos os ativos financeiros dos países participantes para o Euro. Reino Unido, Dinamarca e Suécia optaram por não participar, pelo menos inicialmente, da “zona euro”. A Grécia, por sua vez, foi excluída da primeira leva de participantes por não atender aos critérios fixados pelo Tratado de Maastricht para adesão ao Euro, mas sua adesão foi aprovada em junho de 2000.

O Tratado de Amsterdã, assinado em outubro de 1997 e em vigor desde maio de 1999, consolida os avanços obtidos em Maastricht e dá especial atenção à temática social (emprego, direitos fundamentais no âmbito da UE, saúde, imigração etc.), além de consolidar a política ambiental comunitária. Foram criadas ainda as bases para o fortalecimento da Política Externa e de Segurança Comum, instaurada pelo Tratado de Maastricht, e dado o primeiro passo para a implementação progressiva de uma política de defesa comum. O Parlamento Europeu tem seu papel reforçado pelo novo tratado, com a extensão do número de domínios em que as decisões são tomadas conjuntamente com o Conselho de Ministros (poder de co-decisão) . A dimensão econômica e a estrutura institucional da União Européia, contudo, permanecem praticamente inalteradas.

Em 1998, abriu-se uma nova etapa na ampliação da UE, com a realização do “screening” (avaliação pormenorizada da situação de cada país candidato à luz da legislação comunitária) em dez países: Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Eslováquia, República Tcheca, Hungria, Eslovênia, Chipre e Malta. O relatório divulgado em outubro de 2002, confirma a intenção de concluir as negociações com estes países até o final do ano em curso, o que permitiria efetivar a adesão em janeiro de 2004, após concluídos os procedimentos de ratificação interna. Com Romênia e Bulgária, as negociações prosseguem, com vistas a uma eventual adesão em 2007, e, com relação à Turquia, a ajuda financeira da UE será mantida, com vistas a favorecer o processo interno de reforma econômica e permitir uma futura abertura de negociações para fins de adesão.

O terramoto de Lisboa, ocorreu no dia 1 de Novembro de 1755

sismo de 1755, também conhecido por Terramoto de 1755 ou Terramoto de Lisboa, ocorreu no dia 1 de Novembro de 1755, resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa, e atingindo ainda grande parte do litoral do Algarve. O sismo foi seguido de um tsunami - que se crê tenha atingido a altura de 20 metros - e de múltiplos incêndios, tendo feito certamente mais de 10 mil mortos (há quem aponte muitos mais). Foi um dos sismos mais mortíferos da História, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna. Os geólogosmodernos estimam que o sismo de 1755 atingiu a magnitude 9 na escala de Richter.
O terramoto de Lisboa teve um enorme impacto político e sócio-económico na sociedade portuguesa do século XVIII, dando origem aos primeirosestudos científicos do efeito de um sismo numa área alargada, marcando assim o nascimento da moderna Sismologia. O acontecimento foi largamente discutido pelos filósofos iluministas, como Voltaire, inspirando desenvolvimentos significativos no domínio da teodiceia e da filosofia do sublime.
O terramoto fez-se sentir na manhã de 1 de Novembro de 1755 às 9:30 ou 9:40 da manhã,  dia que coincide com o feriado do Dia de Todos-os-Santos.
epicentro não é conhecido com precisão, havendo diversos sismólogos que propõem locais distanciados de centenas de quilómetros. No entanto, todos convergem para um epicentro no mar, entre 150 a 500 quilómetros a sudoeste de Lisboa. Devido a um forte sismo, ocorrido em 1969 no Banco de Gorringe, este local tem sido apontado como tendo forte probabilidade de aí se ter situado o epicentro em 1755. A magnitude pode ter atingido 9 na escala Richter.
Relatos da época afirmam que os abalos foram sentidos, consoante o local, durante entre seis minutos a duas horas e meia, causando fissuras enormes de que ainda hoje há vestígios em Lisboa. O padre Manuel Portal é a mais rica e completa fonte sobre os efeitos do terramoto, tendo descrito, detalhadamente e na primeira pessoa, o decurso do terramoto e a vida lisboeta nos meses que se seguiram. A intensidade do terramoto em Lisboa e no cabo de São Vicente estima-se entre X-XI na escala de Mercalli. Com os vários desmoronamentos os sobreviventes procuraram refúgio na zona portuária e assistiram ao recuo das águas, revelando o fundo do mar cheio de destroços de navios e cargas perdidas. Poucas dezenas de minutos depois, um tsunami, que atualmente se supõe ter atingido pelo menos seis metros de altura, havendo relatos de ondas com mais de metros, fez submergir o porto e o centro da cidade, tendo as águas penetrado até 250 metros.  Nas áreas que não foram afetadas pelo tsunami, o fogo logo se alastrou, e os incêndios duraram pelo menos cinco dias. Todos tinham fugido e não havia quem o apagasse.

A 1 de Novembro de 1501, deu-se o descobrimento da Baía de Todos os Santos, no litoral brasileiro


Foi nominada em 1501, quando uma expedição portuguesa foi enviada para reconhecer as novas terras descobertas um ano antes por Pedro Álvares Cabral. Era o dia 1 de novembro, Dia de Todos os Santos, de acordo com a religião católica.
Comandada por Gaspar de Lemos, acompanhado por Américo Vespúcio, cartógrafo e escritor italiano que daria nome a todo o continente americano, passou a nomear todos os acidentes geográficos de acordo com os santos dos dias onde os mesmos eram identificados - cabendo à baía, local mais tarde escolhido para ser fundada a cidade que seria a sede da primeira capital brasileira - Salvador.
Berço da civilização colonial lusa nas Américas, a Baía de Todos os Santos abrigou no século XVI o maior porto exportador do Hemisfério Sul, de onde eram enviados às metrópoles européias a prata boliviana e o açúcar brasileiro,sendo o porto de Salvador o que mais recebeu escravos africanos do Novo Mundo.

Principais acontecimentos registados no dia 01 de Novembro:

Principais acontecimentos registados no dia 01 de Novembro: "Dia Mundial do Veganismo"

1301 - Carlos de Valois entra em Florença com os Guelfos Negros e devasta a cidade.

1456 - Morre Edmundo Tudor, conde de Richmond, pai de Henrique VII de Inglaterra.

1503 - Eleição do Papa Julio II.

1512 - O tecto da Capela Sistina, pintado por Michelangelo, é exibido ao público pela primeira vez.

1604 - Estreia de Otelo, de William Shakespeare, no Whitehall Palace, Londres (Inglaterra).

1700 - Morre o rei Carlos II de Espanha.

1755 - Terremoto de Lisboa (Portugal), que destroi a cidade e grande parte do Algarve, matando entre 60 mil a 90 mil pessoas.

1800 - A Casa Branca é inaugurada, nos Estados Unidos da América.

1856 - Eclode a guerra entre a Grã-Bretanha e a Pérsia, depois dos persas terem ocupado Horak.


1889 - Nasce Philip Noel-Baker, Prémio Nobel da Paz de 1959.

1894 - Morre Alexandre III da Rússia.


1897 - Nicolau II da Rússia assume o trono e tornando-se no último czar.

1936 - Benito Mussolini forma o eixo Roma-Berlim (Itália-Alemanha).


1942 - Entra em vigor o padrão monetário do Cruzeiro no Brasil.

1945 - Austrália é admitida como Estado-Membro da ONU. 

         - As autoridades britânicas anunciam que Adolfo Hitler se suicidou no seu Bunker de Berlim (Alemanha).

1946 - Karol Wojtyla é ordenado sacerdote católico. Futuro Papa João Paulo II.


1952 - Os EUA fazem explodir a sua primeira bomba de hidrogêneo, a celebre Bomba-H, numa experiência executada nas Ilhas Marshall.

1954 - Inicia a insurreição na Argélia liderado pela Frente de Libertação Nacional.


1956 - Na Índia, entra em vigor a acta da reorganização dos Estados. 

         - A Jordânia proíbe a utilização das suas bases da força aérea nas operações contra ao Egipto.

1960 - O tratado da primeira organização de integração económica da Europa, a Benelux, entra em vigor. 

           - John Kennedy vence Richard Nixon nas eleições presidenciais norte-americanas.

1961 - Morrem 85 pessoas no decorrer de manifestações nacionalistas na Argélia.


1963 - Golpe Militar no Vietname do Sul derruba Ngo Dihn Diem, que é morto no dia seguinte.

1971 - Morrem 141 pessoas, na sequência de um incêndio ocorrido numa boite situada em Laurent-Du-Point, França.


1975 - Tropas chinesas montam uma emboscada a uma patrulha da Segurança Indiana, na fronteira Norte da Índia, matando quatro militares, no primeiro incidente fronteiriço em oito anos.

1977 - A Polícia holandesa anuncia a libertação do milionário Maurits Caransa, raptado há dois dias.


1979 - O exército, sob o comando do coronel Alberto Pusch, realizam um golpe de Estado na Bolívia, derrubando o Presidente Walter Guevara Arze, no poder desde Agosto.
1981 - Independência da Antígua e Barbuda.


1982 - O primeiro-ministro indiano, Indira Gandhi, e o Presidente do Paquistão, Zia Al-Awh, elaboram um programa destinado a restabelecer as relações de amizade entre os dois países.

1984 - Morre Eduardo de Filippo aos 84 anos de idade, o mais famoso actor e dramaturgo italiano. 

          - Milhares de polacos prestam as últimas homenagens ao padre Jerzy Popieluszko, assassinado por polícias de Varsóvia. 

         - Pelo menos 110 pessoas morrem e cerca de mil ficam feridas na onda de confrontos entre Hindus e Sikhs ocorridos em toda a Índia em retaliação pelo assassínio da primeira-ministra Indira Gandhi.

1985 - O Governo holandês anuncia ter aceite a instalação no solo do seu país de mísseis nucleares cruise.


1987 - O líder carismático Deng Xiaoping, abandona o Comité Central do Partido Comunista Chinês.

1988 - O Partido Likud, do primeiro-ministro Yitzhak Shamir, obtém uma escassa vantagem nas eleições gerais israelitas. 

           - Morre Luis Walter Alvarez, vencedor do Nobel da Física em 1968.

1991 -  Cabo Verde e a África do Sul estabelecem relações diplomáticas.

 
          - Os zambianos vão as urnas 18 anos depois do regime de partido único. 

          - Cientistas norte-americanos revelam que ratos cancerosos foram curados com uma vacina extraída do próprio cancro.

1992 - Bill Clinton é eleito como Presidente dos Estados Unidos da América.


1993 - O Governo britânico decide extraditar para o Brasil Paulo César Farias, responsável pelo desvio de fundos que levaram a queda de Collor de Melo. 

          - Entra em vigor o Tratado de Maastricht, ou Tratado da União Europeia.

1995 - O Congresso Nacional Africano (ANC) vence as primeiras eleições multiraciais na África do Sul.


1998 - Mika Hakkinen, tripulando um Maclaren/Mercedes, sagra-se campeão mundial de Formula-1, na final do Grande Prémio do Japão.

1999 - Nelson Mandela, ex-Presidente sul-africano é nomeado mediador do processo de paz no Burundi pelos Chefes de Estado e de Governo da região dos Grandes Lagos. Mandela sucede a Julius Nyerere, antigo Presidente da Tanzânia, falecido em Outubro último, vítima de leucemia.


2000 - Sérvia e Montenegro é admitida como Estado-Membro da ONU.

2004 - Notas de Yen antigas são trocadas por novas no Japão.

2007 - Morre Paul Tibbets, piloto do Enola Gay, que largou a bomba atómica em Hiroshima.

            Este é o tricentésimo quinto dia do ano. Faltam 60 dias para acabar 2010.